Por Dra. Marina Soares Sousa Rocha Ritta
Um divisor de águas na questão proteção de dados foi um escândalo protagonizado pelo Facebook e pela Cambridge Analytica nas eleições de 2016 nos Estados Unidos.
Em investigação, foi apurado que em 2016 o Facebook disponibilizou aos seus usuários um “teste de personalidade”, onde foi possível mapear opiniões, gostos e preferências dos indivíduos.
Segundo informações, os dados não só dos usuários que realizaram os testes, mas também de seus amigos na rede social, foram disponibilizados e utilizados pela Cambridge Analytica, empresa responsável pela campanha política do candidato Donald Trump.
A partir destes dados, foi possível alimentar as redes sociais dos eleitores com informações que influenciavam cada vez mais os eleitores a desenvolverem uma preferência pelo candidato.
Este fato acendeu um alerta vermelho na questão da proteção de dados mundial O repercussão foi tanta, que a Netflix lançou uma série sobre o caso chamada “Privacidade Hackeada”.
Outro fato relevante para a aprovação da LGPD no Brasil foi a sua entrada na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Para fazer parte da Organização, os países precisam comprovar regras eficientes para inovação digital, e isso foi um fator determinante para a aprovação da lei.